Cada vez mais pessoas têm se preocupado com as questões ambientais. O simples fato de fechar a torneira ou apagar a luz, já mostra como o ser humano tem cuidado com o futuro. Na construção civil, a ideia também tem se manifestado cada vez mais, como na instalação de telhados verdes, fontes naturais de energia e reaproveitamento de água. A ideia que chega aos poucos ao Brasil, mas que já é recorrente em países de Primeiro Mundo como Holanda, EUA, Austrália e Inglaterra, é o reaproveitamento de contêineres para morar.

Depois de uma década carregando mercadorias, o contêiner, composto por aço, alumínio ou fibra, já pode ser destinado a fins residenciais. Existe também a possibilidade de se comprar um novinho em folha, mas daí se perde o sentido da coisa, porque a ideia de sustentabilidade é a melhor parte.

São dois os principais modelos desse módulo: o Reefer e o Dry. O Reefer é custeado, em média, a 18 mil reais, devido ao seu potencial termoacústico, que antes servia de transporte para carga refrigerada.  O modelo Dry é um dos mais usados para tornar-se residência, também o mais em conta, custando em torno de 9 mil reais. Mas esse pede revestimento interno e pintura externa especial para controle térmico, mas nada como um bom estudo de conforto térmico que resolva este fator.

No mercado existe a tinta com micropartícula cerâmica que reflete até 70% mais os raios solares, como opção de ser aplicada nas paredes externas. Há também isolante termoacústico de lã de pet, que pode ser instalado entre a superfície externa e o acabamento interior, um material ecologicamente correto. Não adianta projetar um espaço que dependa do ar condicionado e achar que, só porque reaproveita contêineres, é sustentável, porque não é.

Por ser uma estrutura modular, a execução do projeto é bastante versátil em comparação à construção convencional. Uma casa contêiner de 100m² pode ficar pronta para ocupação entre 45 e 60 dias. Falando nisso, a quantidade de entulho e perdas geradas reduz em 30% se comparada ao mesmo, bem como o custo, que é um total de 25% dos gastos totais. Na hora da instalação, existe um respeito ao perfil topográfico, não são necessários os serviços de fundação ou terraplanagem, mas é preciso evitar que a estrutura fique em contato direto com o solo, para que a umidade proveniente do solo não danifique o contêiner.

As edificações são responsáveis por uma boa parcela de emissão de CO2 e consomem um volume bem grande de energia durante seu ciclo de vida, que abrange as etapas de produção, construção, operação e demolição. Portanto, a casa contêiner acaba contribuindo com aquele que deseja produtividade, novidade e sustentabilidade.

Fonte: http://blogdopetcivil.com/